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 / março 2021

Por que usar microturbinas movidas a biogás?

Por Rafael Amarante

O novo marco do saneamento, aprovado pelo governo federal em meados do ano passado, tornou o Brasil bastante promissor para o mercado de cogeração. A meta do Governo Federal é garantir que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto. 

Uma das aplicações que vem crescendo ao longo dos últimos anos no país e no mundo é a utilização do biogás  eliminado das estações de tratamento de esgoto, fazendas, aterros sanitários e indústrias como combustível para geração de energia elétrica e térmica (cogeração). O Brasil conta ainda com as novas plantas de biometano que estão sendo instaladas em diversas regiões do interior, onde não existe rede de gás natural. 

Microturbinas x motogeradores

Para a realização do processo de cogeração, as microturbinas apresentam grandes vantagens em relação aos motogeradores, equipamentos mais comumente utilizados para esta aplicação. 

A superioridade das microturbinas  é nítida pela sua baixa necessidade de manutenção e alta confiabilidade do sistema, já que, diferente dos motogeradores que são motores adaptados, as microturbinas foram projetadas para uso contínuo e com uma linha específica para uso com biogás, que aceita uma alta variação de concentração de metano e a presença de até 5000 ppm de H2S (ácido sulfídrico) no biogás. 

 Microturbinas possuem uma grande base mundial instalada  

 Essa diferença já foi percebida por empresas públicas e privadas que querem aproveitar o biogás como fonte de energia em suas plantas e passaram a aceitar um Capex maior para ter um Opex menor, além de uma melhor confiabilidade e disponibilidade do sistema de cogeração.

Apenas na Europa existem mais de 200 unidades de microturbinas instaladas, produzindo mais de 22 MW de energia elétrica, exclusivamente do biogás. Em algumas dessas instalações, as microturbinas substituíram antigos motogeradores. Muitas dessas unidades estão em expansão, e, ao longo dos anos, mais microturbinas são adicionadas aos sistemas existentes, conforme o volume de biogás aumenta. Um exemplo é o aterro sanitário na comuna de La Ciotat, na França, que iniciou a operação em 2007 com poucas unidades do modelo de 65 kW e hoje possui um total de 18 unidades em funcionamento.

 No Brasil, em 2009, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) instalou um dos maiores sistemas de cogeração com biogás do mundo em uma de suas estações de tratamento de esgoto, com produção de 2,4 MW de energia elétrica. Recentemente, a Ambev instalou 5 microturbinas, que geram mais de 1,2 MW.

 Uma das linhas de distribuição da Fluxo no Brasil é a Capstone Turbine Corporation, maior fabricante mundial de microturbinas para cogeração, com mais de 10 mil unidades fornecidas mundialmente nos últimos 20 anos. A Fluxo, em parceria com a Capstone, detém todo o know how e expertise para fornecer o que há de mais atual e avançado em sistemas de cogeração desde uma microturbina de 65kW até módulos completos de 1 MW ou mais.

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