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 / janeiro 2023

FLUXO traz para o Brasil tecnologia de reciclagem de lixo plástico

Por Hideo Hama
Baixe esquema ampliado da reciclagem de lixo plástico no final do artigo

Em sua constante busca por inovação e boas práticas em questões Ambientais, Sociais e de Governança (ESG),  a FLUXO não poderia deixar de pensar em um dos grandes desafios mundiais: a destinação do lixo plástico, que hoje preocupa o mundo com enormes ilhas no oceano, algumas com dimensões de países. A maior delas, a Ilha de Lixo do Pacífico, tem seu tamanho estimado em três vezes o território da França*.

Assim, a FLUXO  encontrou, na Alemanha, a BIOFABRIK, empresa que vem desenvolvendo tecnologia de reciclagem de plástico por meio químico, opção mais completa do que a reciclagem mecânica, já em operação no país. Utiliza-se a palavra reciclagem porque o lixo plástico pode ser reciclado, e seu produto, denominado “syncrude”, tem grande valor e pode ser reaproveitado de diversas formas, inclusive como matéria prima básica para a indústria petroquímica.

Dependendo da seleção de lixo plástico coletada, é possível obter produtos para as mais diversas aplicações, desde o plástico para utilização mais simples, como o de filmes para embalagens e na agricultura. Com a seleção de plásticos mais nobres, podem ser obtidos produtos de qualidade superior, para o reaproveitamento industrial.

O lixo plástico de cada país é  distinto dos outros, de acordo com a respectiva cultura de cada um, que é determinante na destinação do lixo. No Brasil, por exemplo, o lixo plástico vem misturado com produtos orgânicos, necessitando de uma “limpeza”, antes da reciclagem, enquanto em resíduos plásticos de países desenvolvidos, na destinação inicial, o plástico é outro.

Porém, acreditamos que o mais interessante é a descoberta de que a reciclagem na planta petroquímica possa interessar ao próprio grupo interno de economia circular, ao lembrar que a redução dos custos dos seus produtos com o reuso, outrora, não estava nas suas considerações.

Um outro aspecto, que certamente deve ser realçado, é como este “lixo plástico” pode chegar à planta de reciclagem. Entra aí outro particular da política de ESG. Já se fazem convênios com as Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis locais. Esta prática traz perspectivas econômicas para estas cooperativas, que podem ser incentivadas por empresas, prefeituras e outras entidades que se interessem pela atividade econômica de reciclagem a estabelecer acordos de interesse comum.

A BIOFABRIK possui diversas alternativas de dimensões para seus sistemas, iniciando com uma planta de 1 ton/dia de capacidade e outras bastante maiores, como a de 50 ton/dia, em implantação na Austrália, de 100 ton/dia, nos Estados Unidos, e de 200 ton/dia, na Alemanha.

Inicialmente, a FLUXO disponibilizará estas três opções de plantas, com total apoio de pós-venda, no Brasil, por equipe própria. Em uma segunda etapa, iniciará a fabricação de plantas diversas no país, sob contrato de licenciamento.

Veja esquema das etapas do processo de reciclagem de lixo plástico

*https://www.nature.com/articles/s41598-018-22939-w

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