Reminiscências: construção de jaquetas e módulos
Em meados dos anos 70 a Petrobras fez inúmeras construções de plataformas submarinas fixas (jaquetas) para instalação em águas rasas no litoral do Rio Grande do Norte e Sergipe. Nesta época, somente empresas baianas fabricavam tais jaquetas. Eram a Damulakis, Prontoferro e MHM, além da A. Araújo em Sergipe.
A MHM era uma caldeiraria situada no Centro Industrial de Aratú com um canteiro de construções offshore, que funcionava inicialmente no Terminal da Usiba, na praia de Paripe, e em seguida na Ponta do Criminoso, dentro da Base Naval de Aratú, na Baia de Aratú. A MHM, que posteriormente passou a se chamar Petroalcool, foi a pioneira no Brasil junto com a Confab, Ishikawajima e Badoni, na construção de nós e componentes para as grandes plataformas fixas de Garoupa, Enchova e Namorado da Bacia de Campos.
A MHM construiu jaquetas para os campos de Ubarana (RN) e Camorin(SE). Em consórcio com a Odebrecht (Prontoferro), construiu a maior jaqueta de água rasa do país na época, Curimã (CE).
No final dos anos 70, a MHM foi chamada pela Petrobras para a construção de módulos para as Plataformas de Cherne I e Cherne II, e posteriormente de Pampo. Foi uma época de efervescência no mercado offshore brasileiro.Simultaneamente, nove canteiros receberam grandes contratos de construção de módulos, além de plataformas.A MHM chamou a Ultratec para se associar num consórcio 50% - 50% para estas construções.
Pessoas bastante conhecidas do mercado de óleo e gás foram engenheiros da MHM na época, tais como Fernando Barbosa e Carlos Nascimento, hoje na Odebrecht, César Oliveira, Antonio Arruti e Hélio Benjamin da Geral Damulakis. Gary Munoz, atual gerente de serviços da Fluxo, foi o gerente da construção dos módulos de Pampo, enquanto Hideo Hama, hoje nosso presidente, foi o fundador e diretor da MHM.