Fluxo Soluções
 / setembro 2022

O caminho certo para uma solução logística integrada

Por Bruno Ebecken

O mercado de óleo e gás brasileiro passou por diversas transformações nos últimos anos, se tornando mais competitivo com diversos carregadores e operadores. Nesse cenário de contínuas mudanças, os incrementos em segurança e eficiência operacional são fundamentais para uma empresa sustentável e que objetiva se posicionar como a melhor solução logística e referência de mercado.

Com essa visão, redesenhamos o conceito de operações integradas na Transpetro, conjugando expertise operacional e tecnologia.

A construção de uma solução logística integrada pode ser dividida em três grandes momentos: centralização, ampliação e integração. O início do processo de centralização de operações foi consolidado na virada do século e passou a ser utilizado por diversas empresas, não somente no mercado de óleo e gás. Ele se apresenta como a forma mais segura e eficiente de padronizar o controle e gestão de atividades dutoviárias.

O conceito, antes limitado a operação de dutos, foi ampliado recentemente, e coloca em destaque a eficiência do negócio. Os ganhos costumam ser subestimados, mas são facilmente quantificáveis.

O terceiro momento, a integração, certamente é o mais complexo. Restringir o conceito somente à atividade operacional é uma falha comum, pois o negócio é diretamente afetado por inúmeros fatores, como manutenção, confiabilidade, qualidade e medição, que por vezes ficam à margem de investimentos mais robustos.

Nesse contexto, nasce na Transpetro o Centro Nacional de Controle Logístico (CNCL INTEGRA), unindo as atividades de terra e mar.  Uma solução logística integrada e eficiente, que realiza o planejamento, a programação, a operação e a gestão da cadeia logística da empresa. Portanto, o conceito inicial, restrito à centralização das operações dutoviárias, foi ampliado abrangendo, agora, todas as etapas da cadeia logística.

Posteriormente, incorporamos no mesmo ambiente o Centro Nacional de Acompanhamento de Navios (CNAN) e o Centro de Diagnóstico de Maquinas (CDM). Isso permitiu, de forma centralizada, o acompanhamento do posicionamento, da operação e da performance dos navios da frota da Transpetro. Além de monitorar de forma contínua a saúde e a manutenção dos equipamentos e ativos nas unidades operacionais, e a qualidade do produto e os volumes movimentados.

Essa integração, a partir do uso de plataformas tecnológicas, unindo os sistemas de automação e controle industrial aos sistemas corporativos de operação e logística, transformou processos originalmente dispersos em uma cadeia eficiente e integrada.

Com isso, conseguimos obter uma visão logística completa. Acompanhamos em um mesmo ambiente desde a exploração e produção do produto, passando pelo alívio das bacias no pré-sal, seguindo para o transporte por navios da nossa frota até os terminais aquaviários, sua descarga, preparação, até o bombeio para uma refinaria por dutos.

Os tempos e movimentos são medidos, e a busca pela otimização é continua.  A entrega de derivados das refinarias por dutos até uma distribuidora ou terminal para cabotagem, a navegação e entrega para o cliente também são parte desse processo.

Assim, garantimos um salto de eficiência, controle e agilidade na tomada de decisões que é referência no país.

Bruno Ebecken é graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é Gerente Executivo do INTEGRA  e possui 13 anos de experiência em gestão operacional e logística, sendo um entusiasta na otimização de processos e aplicação de tecnologias sustentáveis.

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