Como a transformação digital pode levar sua empresa ao pódio?
Minha inspiração para este artigo surgiu ao assistir à vitória de Lewis Hamilton no Grande Prêmio da Turquia, quando, matematicamente, o piloto se consagrou campeão da temporada de 2020. Mesmo com uma largada na sexta posição, em uma qualificação atípica em um circuito com grandes desafios, o genial Hamilton pilotou sua Mercedes, ultrapassando todos à sua frente, finalizando a corrida em primeiro lugar.
Neste ano de 2020, a Fórmula 1 completou 70 anos. Em fevereiro, tive a oportunidade de assistir uma palestra do Sr. Mark Gallagher, na conferência anual da Baker Hughes, em Florença. Gallagher foi executivo sênior da competição por 30 anos e compartilhou como a transformação digital trouxe impactos relevantes para as corridas.
Estes 70 anos podem ser divididos em 3 fases distintas. Os primeiros 20 anos foram dedicados ao desenvolvimento da mecânica: os motores mais eficientes, o sistema de transmissão, os freios, suspensão e os compostos dos pneus. Nos 25 anos seguintes, o foco estava na tecnologia aeronáutica e ciência de materiais: como obter o melhor dos veículos com materiais leves e o desenho mais aerodinâmico. Os últimos 25 foram sobre a transformação digital.
Hoje, os veículos e pilotos estão equipados com cerca de 300 sensores, trazendo gigabytes de dados em tempo real, que são transmitidos para os computadores da equipe no paddock. Este big data é processado pelos algoritmos em uma digital twin, resultando em uma análise consistente do veículo e do piloto, o que gera indicadores para que a equipe tome as melhores decisões. Como resultado, os dois principais benefícios desta análise de dados estão na segurança dos pilotos e na performance.
Os primeiros 45 anos de competição foram marcados por 45 acidentes fatais. Nos últimos 25 houve apenas 1 fatalidade. Isto é em boa parte explicado, segundo Gallagher, pela atuação preditiva das eletrônicas embarcadas, que minimizam a chance de que um erro do piloto resulte em dano trágico. Além disso, os dados coletados permitem que os engenheiros projetem carros e sistemas mais seguros para proteção dos pilotos. Monitorados com dispositivos vestíveis (weareables), as condições físicas do piloto são transmitidas on-line para a sala de controle.
A performance dos pilotos e veículos também foi impactada positivamente pela transformação digital. Assim como em uma planta de processo industrial, há operadores avaliando o desempenho do carro e os dados da corrida em tempo real. São 12 monitores por veículo que trazem análise preditiva em diferentes cenários projetados e permitem que a equipe tome as melhores decisões, definindo a estratégia ideal para aquelas condições: ser o mais rápido em todas as voltas não significa, necessariamente, ser o campeão. A eficiência está definida na estratégia gerada pela análise preditiva. Para Gallagher, Hamilton não é somente um piloto genial e talentoso, mas também um piloto que tem a capacidade de seguir fielmente a estratégia vencedora indicada pelos algoritmos. Nas últimas duas temporadas, Hamilton foi imbatível, sistematicamente subindo ao pódio ou pontuando em todas as corridas.
Assim como na Fórmula 1, tornar os processos mais seguros para os colaboradores e obter o melhor desempenho de uma planta industrial passa necessariamente por tecnologias associadas ao IIoT, cloud computing, digital twin, wearables e colaboração digital. Estas tecnologias são uma realidade tangível para a indústria brasileira.
A Fluxo é reconhecida por trazer ao mercado brasileiro as mais inovadoras tecnologias para processos industriais. São mais de 30 anos de atuação e hoje contamos com um portfólio abrangente para a transformação digital. Parte disto está refletido nesta edição do newsletter.
Como a Fluxo pode ajudar sua equipe a pilotar os processos para alcançar o ponto ótimo de performance e segurança?