A nova fase da medição fiscal....
Quem produz entende que precisa efetuar a quantificação da sua produção porque está diretamente associado com o lucro do negócio. Quando o produto é produzido por bateladas esse controle é muito mais fácil, porém quando estamos falando em escoamentos da produção através de dutos a situação é muito mais complexa. Se tivermos ainda escoamento de gases e não de líquidos a complexidade fica ainda maior.
Mas a implantação de um sistema de medição não fica restrita apenas na instalação de estações de medição completas ou com o fornecimento dos diversos instrumentos e equipamentos que a compõem. De fato isso é apenas parte da equação.
Para que o “dono do negócio” tenha certeza que sua produção está sendo corretamente medida é necessário outras ações porque nenhuma medição é absoluta. Quando apuramos um valor de produção o mesmo é correto dentro de uma faixa de incerteza. Ou seja, o valor é correto dentro de mais ou menos um certo valor ou tolerância. A grande questão é ter controle dessa tolerância e nada adianta instalar simplesmente os equipamentos de medição sem implementar-se um efetivo controle metrológico sobre os mesmos.
O controle metrológico sobre um sistema de medição abrange as calibrações periódicas dos instrumentos e dos padrões utilizados, análise das condições de processo e suas variações ao longo da operação, controle das parametrizações dos equipamentos para acompanhamento das condições de operação flutuantes e principalmente implementação de planos de auditorias que garantam a correta aplicação dos procedimentos. E todas essas ações devidamente documentadas para permitir a rastreabilidade futura.
Devemos sempre lembrar que essas tolerâncias podem ser positivas ou negativas, ou seja, o “dono do negócio’ pode estar ganhando ou perdendo. O problema é a exposição ao risco – quanto maior a tolerância maior o risco do negócio dar prejuízo! E não é comum verificar-se sistemas de medição que há muitos anos não sofrem nenhum tipo de verificação quanto a sua correção. E muitos contratos de compra e venda de produtos por escoamento dão ao comprador a possibilidade de vir a ser restituído por erros na medição. Quem gostaria de enfrentar um processo judicial por não ter a correta rastreabilidade sobre as medições de faturamento dos seus produtos ?
Diante desse quadro o “dono do negócio” muitas vezes fica diante de um dilema. A finalidade da sua planta é produzir os produtos dentro das especificações corretas e garantir o retorno financeiro. E é muito difícil focar na questão da medição da quantificação do produto mesmo com toda a sua importância. É necessário pessoal treinado e especializado com experiência em normas nacionais e internacionais, nos produtos e nos processos.
Muitos fabricantes de equipamentos fornecem suporte técnico, porém muitas vezes é um atendimento localizado, que aborda apenas os aspectos dos seus produtos. Poucos conseguem analisar os aspectos dos processos e toda a interação entre os diversos componentes e fatores de influência na incerteza final. Pior, muitos prestam esse serviço sem a devida metodologia que somente pode ser garantida se houver uma certificação oficial. E nesse ponto que entra a nova fase da medição fiscal: a execução dos serviços de gerenciamento das medições com base na norma ISO 10.012.
Poucas empresas no mundo possuem seus sistemas de qualidade certificados com base nessa norma e no Brasil somente a Petrobras Gas&Energia e a Emerson a possuem. Essa norma garante a padronização e a qualidade das atividades nessa área tão importante, dando a tranqüilidade e respaldo ao “dono do negócio” de forma que este foque naquilo que realmente é a sua finalidade: ter lucros!
A Fluxo é o representante exclusivo da Metco para o Brasil e todas as suas unidades estão capacitadas a dar o apoio necessário aos clientes no tocante a obtenção das melhores práticas na área da medição.
Eng. Carlos Barateiro – Gerente de Negócios Metco, divisão pertencente ao Grupo Emerson