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 / janeiro 2012

1º Módulo de Recuperação de MEG chega a Niterói

O Projeto Mexilhão entrou em fase final de montagem dos módulos de processamento de gás com a chegada em julho do módulo de Recuperação de MEG (Mono Etileno Glicol), fornecido pela Cameron-Petreco Process Systems ao Estaleiro Mauá S.A., empresa contratada pela Petrobras para construção da plataforma de Mexilhão.

Primeiro a ser fornecido para a Petrobras, e primeiro também do Brasil, o módulo de recuperação de MEG da Petreco pesa cerca de 585 toneladas e possui dimensões de 20m x 12,4m  x 20m (comprimento x largura x altura). O módulo foi transportado de Cingapura até o Estaleiro Mauá em Niterói, para o acoplamento final ao módulo principal de processamento de gás.

O módulo recupera o MEG utilizado em contra corrente como inibidor de hidratos e absorvedor de impurezas e sais contidos na corrente gasosa, que depois volta ao sistema para reuso. O processo de recuperação de MEG compreende quatro etapas: pré-tratamento do MEG rico (pré-aquecimento do fluido e resfriamento do MEG), vaporização, destilação a vácuo e retirada de sal e outras impurezas.

A planta que compõe este módulo faz com que o MEG contaminado com sais e outras impurezas escoe para dentro do vaso separador (flash) que, operando sob vácuo, possibilita a vaporização instantânea quando misturado ao “licor mãe”, o qual é reciclado e aquecido. O fluido vaporizado, ao sair do vaso, deixa pra trás os resíduos sólidos que estavam em suspensão e/ou dissolvidos quando na fase líquida.

O líquido reciclado é retirado do reservatório interno do separador, e como o ponto de ebulição do MEG é mais alto que o da água, resultará em menor volume de água. Em seguida, o MEG é submetido a calor sensível entre 10 a 20 ºC, de modo a evitar degradação térmica e com o intuito de promover sua completa vaporização, e, finalmente passa por uma coluna de destilação para recuperar o reconcentrado de glicol limpo e livre de sal. O módulo terá o seguinte desempenho:

Esta recuperação de MEG propiciará à Petrobras uma economia representativa em seus custos operacionais, uma vez que o MEG rico não precisará mais ser descartado devido à contaminação. Em plataformas que não possuem esta planta de recuperação, o MEG, quando não substituído de tempos em tempos, pode causar danos severos (corrosão) aos equipamentos de processamento de gás das plataformas e também aos dutos submarinos que interligam estas plataformas às instalações terrestres que processam e tratam este gás.

Atualmente, quatro outros módulos de Recuperação de MEG estão sendo construídos pela Cameron - Petreco em Cingapura, sendo que dois deles serão utilizados em FPSOs arrendadas pela Petrobras.

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