Ary Silveira é homenageado pelo setor petroquímico da Bahia
O engenheiro Ary Barbosa Silveira, reconhecido no meio petroquímico e de refino por todo o país, recebeu justa homenagem por ocasião da Feira Bahia Óleo & Gás Energia, realizada no último mês de maio.
Ary é formado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pós-graduado em refinação de petróleo pela Universidade do Brasil/Petrobras CENAP. Ary foi empregado da Petrobras por 30 anos, até 1987, e participou da construção de todas as refinarias da companhia, implantadas até esta data.
Pelas suas constantes visitas às refinarias e plantas petroquímicas japonesas, foi convidado em 1972, por indicação da Petroquisa, para participar do grupo que estudava a implantação do Complexo Petroquímico de Camaçari, que no seu início contou com inúmeras empresas japonesas da área petroquímica, trazendo suas tecnologias para o Complexo.
Ary exerceu a função de Diretor Superintendente da COPENE, empresa que ficou responsável pela implantação da Central de Matérias Primas e da Central de Utilidades, assim como de toda a infraestrutura do complexo. A partir de 1978, com a conclusão da implantação da COPENE e de suas associadas, passou a participar da Petroquímica da Bahia, empresa do grupo Mariani.
Também exerceu a função de Diretor Superintendente da Petroquímica do Barreiro, em Portugal. A sua marcante passagem pelo Complexo Petroquímico de Camaçari o credencia a falar da importância da reorganização deste complexo, que, em sua opinião, merece cuidados especiais para o seu reerguimento.
No dia 29 de junho deste ano, o Complexo Petroquímico de Camaçari comemorou 46 anos do início de sua operação de forma integrada. Após quase meio século de sua implementação, o complexo, também chamado Polo, está desatualizado, sendo necessária sua modernização para permanecer competitivo a outros complexos, com maior escala e tecnologias atuais. Ele continua a ser o maior Complexo Industrial do Hemisfério Sul. Hoje, não se limita mais à atividade petroquímica, tem indústrias de mais variadas atividades, a exemplo da BYD, que se tornou um novo marco.
Segundo Ary, “o complexo necessita proceder como a BASF faz em Ludwigshafen, na Alemanha, que opera há um século, mas é continuamente modernizado. Aliás, a Alemanha sempre foi líder mundial da indústria química. Antes da segunda guerra, havia uma empresa química destacada, a IG Farben, constituída pela fusão de produtores de corantes sintéticos. Após a queda de Stalingrado, como a Alemanha perdeu o acesso ao petróleo do Cáucaso, como Baku, os combustíveis para todos os veículos passaram a ser sintetizados a partir do carvão, em plantas subterrâneas”.
Hoje, Ary exerce o papel de conselheiro de inúmeras empresas ligadas à área, tais como AP Engenharia, Dax Oil Refino e na FLUXO Soluções Integradas, onde presta consultoria para o mercado de reciclagem de lixo plástico, dentro do programa de economia circular do setor.