Fluxo Soluções
 / fevereiro 2024

Opla expande em Paulínia com tecnologias avançadas FLUXO

Por Fábio André Alves

A Opla, joint venture entre a BP e a Ultracargo, anuncia a expansão de seu terminal em Paulínia, com destaque para a implementação de tecnologias inovadoras da FLUXO Soluções Integradas. A iniciativa visa reforçar ainda mais sua posição no mercado, operando, além de etanol, diesel jet fuel e, futuramente, gasolina.

Especializada em sistemas de medição fiscal e sistemas de tratamento de compostos orgânicos voláteis (COVs), a FLUXO foi escolhida para implementar uma nova unidade de recuperação de vapores (URV) e sistemas avançados de carregamento e descarregamento ferroviário de combustíveis.

A Opla administra um dos terminais de combustíveis mais significativos em Paulínia-SP. Este terminal, conhecido por sua capacidade substancial de armazenamento e eficiência operacional, representa um elo vital na cadeia de distribuição de combustíveis no Brasil.

A Opla foi inaugurada em 2017 e tem hoje o maior terminal independente de etanol do Brasil, com uma capacidade de tancagem de 180 mil m3. A estrutura é multimodal e conta com dutovia e acesso a ferrovias conectadas ao centro-oeste e ao norte do Brasil. Possui uma localização estratégica também para atender à Grande São Paulo, além de estar acessível, por modal rodoviário, ao Porto de Santos, onde a Ultracargo opera o seu maior terminal em capacidade de armazenagem atualmente.

Tecnologia da Unidade de Recuperação de Vapores


A FLUXO Soluções Integradas, ao abrigo de um acordo de licença com a líder mundial Jordan Technologies (uma empresa do grupo Cimarron), traz para o terminal da Opla uma avançada Unidade de Recuperação de Vapores (URV). Esta unidade é uma inovação significativa no campo da engenharia ambiental, destacando-se principalmente pela inclusão da bomba de vácuo HORI, um componente crucial para o seu desempenho eficiente.

A tecnologia central da unidade de recuperação de vapores da FLUXO emprega um sistema de adsorção/absorção utilizando carvão ativado. Este método é o mais eficaz na captura de vapores orgânicos voláteis (VOCs) presentes nos gases emitidos durante as operações de transferência de combustíveis. O carvão ativado, com sua área superficial, adsorve os vapores, removendo-os eficientemente do ar. Este processo não apenas purifica o ar, mas também permite a recuperação do combustível adsorvido, maximizando a eficiência e minimizando o desperdício.

Um aspecto crucial desta tecnologia é a regeneração do carvão ativado, que é onde a bomba de vácuo HORI desempenha um papel vital. Esta bomba remove os COVs do leito de carvão ativado, através de um vácuo aplicado sobre o sistema. Posteriormente, estes vapores são condensados por uma torre de absorção e retornados ao processo de armazenamento de combustível. A bomba HORI, que é uma exclusividade da FLUXO/Jordan, representa uma inovação tecnológica para as URVs em uso no Brasil e no mundo há 10 anos. Trata-se de uma bomba de vácuo de paletas oscilantes com vedação em carbono, sem necessidade de selo a óleo ou glicol, e livre de travamentos por impurezas devido ao seu formato construtivo.

A FLUXO é líder no fornecimento de Unidades de Recuperação de Vapores no Brasil, com 100% das unidades fornecidas aprovadas em conformidade com os requisitos de eficiência dos órgãos ambientais brasileiros.

Skids de Carregamento e Descarregamento Ferroviário


Um aspecto fundamental da expansão do terminal da Opla em Paulínia é a implementação de sistemas avançados automatizados de carregamento e descarregamento ferroviário de combustíveis, fornecidos pela FLUXO. Estes sistemas são cruciais para garantir a eficiência, precisão e segurança nas operações do terminal.

Skids de Carregamento Ferroviário


Para o carregamento de diesel, a FLUXO fornecerá 7 skids de carregamento ferroviário. Cada um destes skids está equipado com medidores de vazão tipo turbina helicoidal da Faure Herman, reconhecidos mundialmente pela sua precisão e confiabilidade para uma grande gama de variações de densidade e viscosidade. Esses medidores são essenciais para garantir a exatidão na medição de vazão durante o carregamento, proporcionando uma operação eficiente e precisa.

Skids de Descarregamento Ferroviário


No descarregamento ferroviário, a FLUXO implementará 3 skids duplos com alta tecnologia embarcada. Estes skids utilizam medidores de vazão tipo Coriolis da Yokogawa, que, além de medir a vazão mássica e volumétrica, também realizam a medição da densidade do combustível em tempo real. Esta funcionalidade permite um monitoramento contínuo e preciso, garantindo que o combustível recebido esteja em conformidade com as especificações exigidas. Além disso, o sistema possui um mecanismo de intertravamento automático, que é ativado em caso de desvios, garantindo assim uma maior segurança e controle de qualidade durante o processo de descarregamento.

A automação dos skids de carregamento e descarregamento será controlada pelo moderno preset Fusion4, do parceiro Honeywell Enraf. O equipamento será responsável pelos intertravamentos de segurança, controle da batelada, correção de volume a 20 C, e totalização dos produtos carregados e descarregados. Destaca-se também o uso de válvulas de controle digital da OCV e os monitores de aterramento e transbordo da EXATA.

Os medidores de vazão e presets utilizados nos skids de carregamento e descarregamento possuem a Portaria de Aprovação de Modelo do INMETRO, assim como o projeto completo, assegurando sua conformidade com os padrões nacionais de medição fiscal e transferência de custódia. Essa certificação é um elemento chave, pois valida a precisão e confiabilidade dos sistemas implementados, reforçando a integridade e a transparência das operações de transferência de combustíveis. O sistema será submetido aos procedimentos de verificação inicial pelo IPEM, legitimando os skids para operação perante os requisitos legais.

A expansão do terminal da Opla em Paulínia, com a parceria estabelecida com a FLUXO, representa um passo importante no setor de combustíveis do Brasil. Além de facilitar o escoamento da produção de etanol de milho, a interligação do terminal com ferrovias que chegam ao Centro-Oeste, promoverá meios mais eficientes de levar outros granéis líquidos ao interior do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento de regiões com déficit de infraestrutura e de abastecimento.

A implementação da Unidade de Recuperação de Vapores (URV) e dos avançados sistemas de carregamento e descarregamento ferroviário reflete um compromisso da Opla, através da BP e Ultracargo, com a inovação tecnológica, a eficiência operacional e a responsabilidade ambiental.
“Ao integrar a nossa avançada Unidade de Recuperação de Vapores e os sistemas de carregamento e descarregamento ferroviário, não estamos apenas ampliando a capacidade operacional do terminal, mas também estabelecendo novos padrões em eficiência e sustentabilidade ambiental. É uma demonstração clara de como a tecnologia, quando aplicada de forma inovadora, pode gerar benefícios econômicos significativos, ao mesmo tempo que protege o meio ambiente.” - Fábio André Alves, Diretor Comercial da FLUXO.

Este projeto é um exemplo de como a colaboração estratégica e a aplicação de tecnologias avançadas podem resultar em operações mais limpas, eficientes e econômicas, beneficiando tanto a indústria quanto o meio ambiente.

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